Abortos podem ser evitados

O aborto espontâneo é uma fatalidade comum que acomete de 20% a 25% das mulheres que engravidam. É considerada uma das maiores frustrações da vida reprodutiva de um casal. Mesmo sendo um fato bastante comum nas gestações iniciais, deve merecer um tratamento médico específico e, muitas vezes, um acompanhamento psicológico. A definição de aborto é a perda fetal antes de 20 semanas de gestação ou a perda de um feto com peso inferior a 500g. Abortamento de repetição é definido na teoria como a ocorrência de três abortos consecutivos. Embora do ponto de vista acadêmico a pesquisa mais detalhada para os abortos repetidos deva ser feita depois de três perdas fetais, na nossa opinião, esta pesquisa avançada pode ser iniciada após o segundo ou, em casos especiais, após o primeiro aborto. Os abortamentos de repetição representam um trauma na vida do casal e, por isto, devem ser vistos com seriedade, caso contrário, a alegria e expectativa positiva, por um filho que virá, sentida nos primeiros dias do atraso menstrual, poderão frustrar e causar uma decepção imensurável. Portanto, todas alternativas que justifiquem as causas de abortos, mesmo as pouco prováveis e não cobertas por seguros-saúde, devem ser investigadas.
Infelizmente, do ponto de vista estatístico, 50% das gestações reconhecidas bioquimicamente (antes mesmo do atraso menstrual), não progridem. As causas de abortamento são variadas e podem ser devido a uma estatística normal de perda, natural do ser humano e comum a todas as mulheres. Mesmo aquelas que já tiveram filhos mas perderam um bebê sem causa justificada, podem ter problemas específicos como que devem ser investigados. São eles:
  • Anomalias cromossômicas e genéticas
  • Doenças infecciosas
  • Problemas hormonais
  • Anomalias da estrutura do útero (miomas, malformações, aderências e outras)
  • Imunológicos
  • Fatores ambientais
Com exceção deste último, todas as causas possíveis devem ser exaustivamente pesquisadas.
Informações complementares importantes para o diagnóstico
Galactorreia (saída de leite pelas mamas): sugere hiperprolactinemia
Submeteu-se à Curetagem uterina: sugere aderências intrauterinas.
  • Ciclo menstrual anormal: sugere disfunção hormonal
  • Há historia de filhos com defeitos e anomalias congênitas.
  • Há historia de trombose venosa: sugere uma trombofilia herdada ou uma síndrome de anticorpo antifosfolipide.
  • Que informações estão disponíveis em exames de laboratórios prévios, exames patológicos ou em um estudo de imagem?
  • O exame físico deve incluir avaliação física geral, com atenção quanto a sinais de endocrinopatias (por exemplo, hirsutismo, galactorreia) e anormalidades de órgãos pélvicos (por exemplo, dilaceração do colo uterino ou uma malformação uterina).

 

Exames importantes para o diagnóstico e os tratamentos

 

  • Avaliação da mulher;
  • Cariótipo-exame de sangue (avaliação de anomalias cromossômicas estruturais, translocações e mosaicismo);
  • Avaliação uterina;
  • Ultra-som vaginal;
  • Histerossonografia ou histerossalpingografia;
  • Ressonância magnética (reservada para casos especiais);
  • Videhisteroscopia
Investigar doenças auto-imunes, trombofilias e avaliação imunológica.
Os exames para esta pesquisa são feitos por coleta de sangue em laboratórios especializados e sempre com indicação médica. São eles:
  • Anticorpos antifosfolípides (Anticardiolipina e Anticoagulante lúpico)
  • Anticorpo antifosfatidil – serina (IgG, IgM e IgA)
  • Anticorpos antitireoideanos
  • Anticorpos antinucleares
  • Anticorpos anti-DNA
  • Pesquisa de células LE
  • Anti-Ro e Anti-La
  • IgA
  • Células NK (biópsia do endométrio) CD 56
  • Anticorpo antiespermatozóide
  • Fator V de Leiden -Mutação G1691A
  • Antitrombina III
  • MTHFR-Mutação 677T e A1298T
  • Protrombina mutação G20210A
  • Hemocisteína
  • Proteína S
  • Proteína C
  • Pesquisa de Endometrite (CD 138)
  • Beta 2 Glicoproteína I

Dosagens hormonais

  • FSH
  • LH
  • Prolactina
  • Hormônios tireoidianos

Avaliação de doenças infecciosas Conteúdo vaginal:

  • Mycoplasma hominis
  • Ureaplasma urealiticum
  • Chamydia trachomatis
  • Listeria monocytogenes
  • Streptococus Beta hemolítico

Sangue:

  • Sorologia para Toxoplasmose
  • Sorologia para Citomegalovírus
  • Sorologia para Listeriose
  • Sorologia para Brucelose

Investigar endometriose:

  • CA 125
  • Avaliação ultrassonográfica
  • História clínica

Investigar ovários policísticos:

  • História clínica
  • Ultrasson
  • Dosagens hormonais

 

Avaliação do homem

  • (www.fertilidadedohomem.com.br)
  • Espermograma completo
  • Fragmentação do DNA do espermatozóide
  • Cariótipo (avaliação de anomalias cromossômicas, translocações e mosaicismo)
  • Avaliar possíveis infecções

Tratamentos

Os tratamentos devem ser individualizados de acordo com o diagnóstico dos pacientes e do conhecimento médico atualizado.

Causas Imunológicas, trombofilias e vacinas

Os problemas imunológicos têm sido responsabilizados por alguns casos de insucesso na fertilização in vitro e por abortos de repetição. Alguns autores acreditam que muitos casos de falha são, na verdade, abortos muito precoces que, após um período curto de implantação embrionária, não chegam a ser detectados nos testes de gravidez, não evoluem e são eliminados. Existem controvérsias a respeito desse tema, mas os resultados positivos após a terapia com vacinas têm nos encorajado a prosseguir com esse tratamento, indicado em situações especiais.
Cross Match: é um exame que não apresenta comprovação nem evidências científicas comprovadas nos resultados obtidos (Medicina Baseada em Evidências). Por isso, a sua indicação deve ser restrita a alguns casos. São poucos os países no mundo que realizam essa pesquisa com tal finalidade, entretanto, pode ser uma opção. Para que se entenda esse exame é necessária a compreensão de que todo ser humano possui a capacidade de rejeitar corpos estranhos e o embrião pode ser considerado como tal, pois traz com ele o DNA paterno, que é estranho ao organismo materno. Entretanto, em condições normais, o organismo da mãe deve produzir um “anticorpo protetor” – chamado de fração HLA-G –, que protege o embrião contra este “ataque imunológico” e impede a rejeição. Quando esse “anticorpo de proteção” não é formado, os mecanismos de agressão imunológica seguem o seu caminho natural, impedindo a gravidez ou mais tarde provocando o aborto. Essa alteração do organismo – que curiosamente aparece quando há semelhança imunológica entre o pai e a mãe e não quando são muito diferentes – é detectada pelo exame Cross Match. Para se realizar essa pesquisa retiram-se amostras de sangue do homem e da mulher e, em laboratório, realiza-se uma prova cruzada entre os dois, para identificar a presença dos anticorpos. Se não estiverem presentes, será necessário o tratamento com vacinas. Esta imunização é realizada com o sangue paterno, do qual são separadas as células brancas (linfócitos) e com elas preparadas as vacinas, depois injetadas na mãe pela via intradérmica. São realizadas duas ou três aplicações com espaço de tempo de três semanas entre elas. Após o término dessa série, o Cross Match é repetido e, confirmando a virada do resultado anterior para positivo, uma nova tentativa de fertilização poderá ser iniciada. Se não houver essa virada, uma nova série de duas aplicações será realizada.
Trombofilias: Existem outros exames que avaliam fatores imunológicos e, junto com este grupo de exames, estão as trombofilias. São doenças pouco frequentes e que provocam alterações de coagulação do sangue. Essas alterações não são detectadas em exames de sangue comuns e, quando existem, aumentam a chance de formar coágulos sanguíneos e causar tromboses mínimas capazes de impedir a implantação do embrião ou provocar abortos. Os exames para essa pesquisa são feitos por coleta de sangue em laboratórios especializados e sempre com indicação médica.
São eles:
  • Anticorpos antifosfolípides
  • Anticorpo antifosfatidil – serina (IgG, IgM e IgA)
  • Anticorpos antitireoideanos
  • Anticorpos antinucleares
  • IgA
  • Células NK (Biópsia do Endométrio)CD56
  • Anticorpo antiespermatozoide
  • Fator V de Leiden
  • Antitrombina III
  • MTHFR
  • Protrombina mutação
  • Hemocisteína
  • Proteína S
  • Proteína C
  • Beta 2 Glicoproteína I
  • Pesquisa de Endometrite (CD138)
A presença dessas alterações no sangue das mulheres sugere causas imunológicas ou trombofilias. Os tratamentos variam de ingerir uma simples aspirina infantil até tomar medicamentos mais sofisticados, como a heparina, corticoides e imunoglobulina injetável.
É fundamental salientar que essa tecnologia não representa garantia no sucesso para a obtenção da gestação e sim uma nova alternativa para aqueles que até o momento não tiveram sucesso em tratamentos anteriores.

Como Somos por dentro? Anatomia da Pelve Feminina e Masculina

Vagina:

  • Órgão de cópula feminina que possui musculatura elástica permitindo a passagem do feto no parto.
  • canal fibromuscular que se estende do vestíbulo perineal até o colo do útero
  • mede de 8 a 10 cm de comprimento e tem em torno de 4 cm de diâmetro
  • situa-se entre a bexiga e o reto
  • sustentada , principalmente, pelos ligamentos cervicais transversos (ligamentos cardinais ou de Mackenrodt) e pelos músculos levantadores do ânus
  • a parede vaginal anterior está em contato com a superfície posterior da bexiga
  • a parede vaginal posterior continua com a parede anterior do reto e do fundo-de-saco retouterino
Uretra:
  • Mede de 3 a 5 cm de comprimento
  • Uretra Proximal – grupos de musculatura lisa
  • Uretra 1/3 médio -músculo esquelético em forma de C (Rabdoesfíncter)
  • Uretra Distal  -musculatura periuretral
  •  
Bexiga:
  • Víscera ôca
  • Capacidade – 300 a 600 ml
  • É esvaziada de 4 a 8 vezes/dia
  • Variação: no tamanho, na forma e na espessura das paredes
Útero:
  • Tem forma de pêra invertida, de paredes espessas, formadas por fibras musculares lisas
  • Situado entre a bexiga e o reto
  • Fixado às paredes pélvicas laterais pelos ligamentos largos
  • Delimita-se inferiormente pela vagina e superiormente pelas tubas uterinas
  • Divide-se em: fundo uterino, corpo e istmo
  • Apresenta três camadas: interna ou endométrio; média ou miométrio e externa ou perimétrio
  • Sustentação feita pelos Ligamentos Redondos, Uterossacros, Largos e Cardinais ou Cervicais Transversos (Mackenrodt).
Ovários:
  • Órgão par, situado um de cada lado do útero
  • São responsáveis pela produção dos gametas femininos (óvulos)
  • Secretam estrogênio e progesterona sob a influência da hipófise anterior
  • Armazenam no seu córtex os folículos primários, sendo que a cada mês apenas um deles amadurece.
Trompas uterinas:
 
  • Fazem a comunicação da cavidade uterina com a cavidade peritoneal
  • Tem de 10 a 12 cm de comprimento, e diâmetro que varia de 2 a 4 mm na região ampular
  • Transportam os óvulos que romperem a superfície do ovário para a cavidade do útero
  • Apresentam os seguintes segmentos: infundíbulo ou extremidade fimbriada; ampola; istmo e segmento intersticial ou intramural
Reto:
  •  É o segmento inferior do intestino grosso e tem cerca de 12 cm de comprimento.
  •  A parede muscular do reto é formada por camadas de fibras longitudinais e uma camada de músculos lisos e circulantes.
 ANATOMIA MASCULINA

O sistema reprodutor masculino é formado por:
  • Testículos ou gônadas
  •  Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.
  •  Pênis
  •  Escroto
  •  Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais.
• Testículos: são as gônadas masculinas.
– formação dos espermatozoides
– produção dos hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários
 
• Vesículas seminais:  responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen.
 
• Próstata:  glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e  ativa os espermatozóides. É uma glândula que faz parte do sistema reprodutor do homem, secretando um líquido que se junta à secreção da vesícula seminal para formar o sêmem e auxiliar no transporte dos espermatozóides produzidos nos testículos até a sua ejaculação.
 
• Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra).


fonte:http://www.fisiobemviver.com.br/links/43/anatomia-da-pelve-humana.html

Quero engravidar, mas tenho hipotireoidismo. Preciso de algum cuidado especial?

Em primeiro lugar, se os níveis hormonais estiverem baixos demais, pode ser que você não esteja ovulando normalmente, o que dificulta por si só uma gravidez. Por isso, a reposição correta da tiroxina, o hormônio que sua tiroide produz de forma deficiente, ajuda a retomar a ovulação e sua fertilidade. 

Independentemente de ter o ciclo menstrual afetado, é muito importante passar por uma consulta médica para checar a quantas anda o funcionamento de sua tiroideantes de começar a tentar engravidar. Se as taxas da tiroide estiverem baixas demais, você provavelmente vai ter que iniciar uma reposição de tiroxina antes de pensar em concepção. 

hipotireoidismo em mulheres grávidas não costuma ter efeitos significativosdesde que esteja bem controlado, já que os hormônios da tiroide (TSH) da mãe são necessários para o desenvolvimento do cérebro do bebê. 

Se a função da tiroide não estiver bem regulada, há risco maior de aborto espontâneo, complicações da gravidez (como pré-eclâmpsia) e problemas para a criança (como defeitos cardíacos). 

Em muitos casos, durante a gestação, os médicos até aumentam as doses da medicação, para que não falte nada do que o bebê precisa para se desenvolver de forma saudável. Lembrando sempre que esse tipo de decisão precisa ser tomada por um especialista e varia bastante caso a caso. 


fonte:http://brasil.babycenter.com/preconception/planejando/hipotireoidismo/

Tomar pílula anticoncepcional em excesso traz riscos

Esquecer-se de tomar a pílula anticoncepcional é um ato muito comum entre as mulheres. Mas isso não pode se tornar rotina. É preciso seguir à risca as indicações da pílula anticoncepcional e de um médico especialista para que o medicamento seja, de fato, eficaz e não traga efeitos colaterais.

Renata Zito, ginecologista especializada em reprodução humana e cirurgia endoscópica, conta que a pílula anticoncepcional age no organismo feminino inibindo os hormônios e, consequentemente, a ovulação. “A pílula determina uma mudança na camada interna do útero, o endométrio, que impede a implantação do embrião. Também altera a movimentação do óvulo nas trompas e o muco vaginal, comprometendo a passagem dos espermatozoides nas paredes vaginais”, explica.

Quando a mulher se esquece de tomar a pílula no dia e horário determinados e acaba ingerindo mais de uma unidade, ela afeta totalmente o ciclo e a eficácia do tratamento. “Além disso, ela pode sentir os efeitos colaterais indesejáveis, como dores de estômago, e o pior, perder o  efeito do tratamento e até engravidar”, conta.

Fique atenta ao que deve ser feito caso não se lembre de tomar a pílula. Renata recomenda que “se o esquecimento for de até 12 horas do horário determinado, a mulher deve tomar a pílula assim que se lembrar e ingerir novamente no horário que estava habituada. Se for superior a 12 horas, o ideal é cancelar o  tratamento deste ciclo e, assim que menstruar, iniciar uma nova cartela”. Também não se deve tomar a pílula anticoncepcional em jejum. Renata diz que “se assim for ingerida, algumas mulheres podem sentir uma intolerância gástrica”.
É por isso que as orientações de um especialista são fundamentais. “Qualquer método anticoncepcional é individual. Cada paciente se adapta melhor a um deles”, diz.  Se não forem seguidas as indicações, a pílula pode deixar de ser um método seguro.
IMPORTANTE.
  • Sempre procure um médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e prescrever medicamentos.
  • As informações aqui disponibilizadas são de caráter exclusivamente informativo.

CÂNCER COLORRETAL

O que é câncer colorretal?
É o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem o reto e o cólon (partes do intestino), podendo espalhar-se para outras regiões do organismo (metástase).
Segundo as últimas estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em termos deincidência, o câncer colorretal é a terceira causa mais comum de câncer no mundo em ambos os sexos, com padrões geográficos similares entre homens e mulheres. O câncer de reto é mais frequente em homens.
câncer de reto é mais comum do que o de cólon. Neste último, os segmentos mais freqüentemente acometidos são o sigmóide e o cólon descendente, seguidos pelo cólon ascendente e o transverso.
prognóstico para este tipo de neoplasia é bom quando a doença é diagnosticada em estágio inicial. A detecção precoce de pólipos adenomatosos colorretais (precursores docâncer de cólon e reto) e de tumores localizados é possível pela pesquisa de sangue oculto nas fezes e através de métodos endoscópicos, como a colonoscopia.

Quais são os sintomas deste tipo de tumor?
Os sinais e sintomas dependem da localização do tumor, mas inicialmente costumam ser inespecíficos. Os mais observados são:  
  • Dor abdominal.
  • Alteração do hábito intestinal (mudança da consistência das fezes e da freqüência de evacuações).
  • Sangramento anal (hematoquezia) ou melena.
  • Anemia.
  • Fraqueza (ocorre em 20% dos pacientes).
  • Perda de peso (não é um achado comum no câncer colorretal).
  • Tenesmo (sensação de defecação incompleta).
  • Náuseas e vômitos.
  • Redução no diâmetro das fezes.
  • Presença de sangue ou muco nas fezes.
  • Obstrução intestinal.
  • Tumoração abdominal, observada pelo paciente ou por médicos.
Tumores localizados mais próximos do ânus tendem a causar obstrução mais precocemente e sangramento anal. Tumores localizados no lado direito do abdome (ceco, cólon ascendente ou cólon transverso) levam mais tempo para causar obstrução. Nessas localizações o calibre do intestino é maior e o sangramento não é facilmente identificado,  já que exterioriza-se na forma de fezes mais escuras e não como sangue vivo nas fezes.

Existem fatores de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal?  
São fatores de risco para este tumor
  • Idade acima de 50 anos: tanto a incidência, como a mortalidade, aumentam com a idade. A maioria dos casos ocorre entre 60 e 70 anos de idade, enquanto casos antes de 50 anos são incomuns, a menos que uma história familiar de câncer de cólon esteja presente.
  • Pólipos: pólipos no cólon, principalmente os adenomatosos, são lesões que poderão sofrer transformação maligna, passando por atipias celulares até a degeneração paratumor. A remoção desses pólipos pela colonoscopia reduz o risco subsequente decâncer de cólon. Os pólipos hiperplásicos não demonstram poder de degeneração maligna.
  • História de câncer: pessoas com diagnóstico e tratamento prévios para câncercolorretal estão em maior risco de desenvolver este tipo de tumor no futuro. Mulheres que já tiveram câncer de ovárioendométrio ou mama têm maior risco de desenvolver câncer colorretal.
  • Hereditariedade: história familiar de câncer de cólon ou de reto, especialmente em parentes próximos antes da idade de 55 anos ou em múltiplos parentes aumentam a probabilidade de desenvolvimento desta lesão. A Polipose Adenomatosa Familiar (FAP) está relacionada a um risco de cerca de 100% de desenvolvimento de câncercolorretal por volta dos 40 anos, se não for tratada.
  • Síndrome de Lynch ou Câncer Colorretal Não Polipóide Hereditário (HNPCC).
  • Cigarro: fumantes são mais prováveis de morrer por câncer colorretal do que os não fumantes. Um estudo da Sociedade Americana do Câncer (American Cancer Society) mostrou que mulheres que fumam são 40% mais prováveis de morrer por câncercolorretal do que as que nunca fumaram. Os homens fumantes têm um risco 30% maior de morrer por esta doença do que aqueles que nunca fumaram.
  • Dieta: dietas ricas em carnes vermelhas, com baixo teor de cálcio, pobres em frutas frescas e vegetais, aves e peixes, aumentam o risco de câncer colorretal.
  • Vírus: exposição a alguns vírus (como algumas cepas de papilomavírus humano ou HPV) pode estar associada com câncer colorretal.
  • Baixos níveis de selênio.
  • Doenças inflamatórias intestinais: cerca de um por cento dos pacientes com câncercolorretal têm história de Colite Ulcerativa Primária. O risco de desenvolver câncercolorretal varia inversamente com a idade de início da colite e diretamente com a extensão do envolvimento colônico e a duração da atividade da doença. Pacientes com doença de Crohn colorretal tem um risco maior que a média de desenvolver estecâncer, mas menor que os indivíduos com Colite Ulcerativa.
  • Fatores ambientais:
    Inatividade física: pessoas fisicamente ativas têm menor risco de desenvolver câncercolorretal.
  • Colangite Esclerosante Primária(CEP). Oferece risco independente para Retocolite Ulcerativa. Setenta por cento dos portadores de CEP apresentam também Retocolite Ulcerativa e cerca de 2,4 a 4% dos portadores de Colite Ulcerativa desenvolverão CEP.
  • Uso de hormônios exógenos: há pequena evidência da influência de hormônios endógenos no risco de câncer colorretal. Em contraste, há evidências de que o uso de hormônios exógenos como a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), Tamoxifen e contraceptivos orais podem estar associados a tumores colorretais.
  • Obesidade.
  • Sedentarismo.
  • Álcool: ingerir bebidas alcoólicas, principalmente em grande quantidade, pode serfator de risco para o aparecimento precoce de câncer colorretal. 
    Um estudo mostra que pessoas que consomem mais de 30 gramas de álcool por dia, especialmente aquelas que consomem mais de 45 gramas por dia, parecem ter um risco maior de desenvolver câncer colorretal.
Como detectar precocemente um tumor colorretal?
Segundo informações do INCA, o câncer colorretal quando detectado em seu estágio inicial possui grandes chances de cura, diminuindo a taxa de mortalidade associada ao tumor.
Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa desangue oculto nas fezes. Naqueles indivíduos com exame positivo deve ser realizada umacolonoscopia.
Pessoas com histórico pessoal ou familiar de câncer de cólon e reto, portadores de doença inflamatória do cólon (Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn) e de algumas condições hereditárias (FAP e HNPCC) devem procurar orientação médica.

Como é feito o diagnóstico deste tumor?
diagnóstico da doença é feito através de biópsia endoscópica com estudo histopatológico da lesão. Ele começa sempre com uma boa consulta médica e um exame físico detalhado. A suspeita do câncer de intestino requer a confirmação de sua presença através da realização de uma colonoscopia com biópsia.

Posso fazer alguma coisa para prevenir esta doença?
Como prevenção é indicada uma dieta saudável e a prática regular de exercícios físicos.
Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras, cálcio, folato e pobre em gorduras animais é considerada uma medida preventiva. A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcoólicas deve ser evitada.
As vitaminas, principalmente a C e a E, além de outros antioxidantes, diminuem a quantidade de substâncias carcinogênicas contidas nas fezes, levando a menor alteração celular e, consequentemente, menor incidência de câncer colorretal.

Como é o tratamento do câncer colorretal?
O tratamento depende do estágio em que o tumor é diagnosticado. Quando detectado precocemente, pode ser curado. Entretanto, se detectado em estágios avançados (quando metástases estão presentes) as chances de cura diminuem.
A cirurgia é o tratamento inicial, que pode ser acompanhada de quimioterapia e/ouradioterapia dependendo do estadiamento da doença e de outros fatores médicos.
diagnóstico de câncer frequentemente resulta em uma grande mudança no bem-estar psicológico do indivíduo. Existem grupos de apoio, serviços sociais de auxílio e outros serviços que podem auxiliar nas dificuldades enfrentadas por essas pessoas.
Como é feito o acompanhamento do paciente com câncer colorretal?
O objetivo do acompanhamento é detectar precocemente tumores ou metástases que se desenvolvem mais tarde e que não são originárias do tumor9 inicial ou mesmo o aparecimento de pólipos adenomatosos (lesões precursoras do câncer).
Para isso, uma história clínica e um exame físico estão recomendados a cada 3 a 6 meses durante dois anos e depois a cada 6 meses durante 5 anos ou, diferente disso, segundo recomendação médica.
Geralmente, durante o seguimento são realizados consulta médica, dosagens sanguíneas de antígeno carcinoembrionário (CEA) e exames de imagem como a colonoscopia, radiografias de tórax, tomografias computadorizadas e cintilografias, dependendo da necessidade de cada paciente.  

fonte:http://renatazito.site.med.br/index.asp?PageName=C-E2ncer-20Colorretal

O que é HPV?

HPV, ou Human Papiloma Virus, é um vírus que vive na pele e nas mucosas genitais dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis.
Nos genitais existem duas formas de manifestação clínica. 1.    As verrugas genitais que aparecem na vagina, pênis e ânus. 2.    Existe outra forma, que é microscópica, que aparece no pênis, vagina e colo de útero.
Trata-se de uma infecção adquirida por meio de contato sexual. É altamente contagiosa e a melhor prevenção é o uso de “camisinha”.
O mais importante nessa doença é que existe uma associação entre alguns grupos de papilomavírus e o câncer de colo de útero. Seu diagnóstico de suspeita é feito por meio do papanicolaou ou da colposcopia, e o diagnóstico de certeza é feito por meio de biópsia da área suspeita. Existem também exames que identificam o tipo do vírus e se estes são cancerígenos. O tratamento do HPV é por destruição química ou física das lesões sempre indicado e realizado por médico especialista. O papilomavírus ou human papiloma virus pode se alojar tanto no colo do útero como na vagina e na vulva. Na vulva ele causa a doença chamada condiloma genital ou popularmente conhecida no Brasil como “crista de galo”. Na vagina e no colo do útero ele normalmente se apresenta com lesões microscópicas que só podem ser descobertas por meio do exame de papanicolaou ou a colposcopia. O hpv no homem ele pode se manifestar por verrugas no pênis ou de maneira microscópica. É muito importante que o parceiro seja encaminhado para exame com um urologista para procura de lesões e tratamento, se forem encontradas.

fonte:http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=327http://renatazito.site.med.br/index.asp?PageName=HPV-20-2D-20Entrevista

Implantes Subdérmicos Reposição Hormonal

Implantes Subdérmicos ou Implantes Hormonais são cápsulas ou bastonetes de silicone semipermeáveis de grau médico – siloxano –, medindo de 3 a 5 cm de comprimento por 2 milímetros de diâmetro. Liberam lenta e continuamente na corrente sanguínea, baixas doses de hormônios:

– Progestogênicos : semelhante ao hormônio natural, progesterona existente no corpo feminino. Possuem ação contraceptiva prolongada – até cinco anos –, tem alta eficácia, segurança, tolerabilidade, reversibilidade, facilidade de inserção ou remoção e baixos índices de efeitos colaterais. Inibe a ovulação e aumenta a viscosidade do muco cervical, dificultando a penetração do espermatozoide.
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– Gestrinona: é um esteróide que auxilia no tratamento da endometriose pélvica, miomas uterinos e também utilizado como método anticoncepcional , tratamento da TPM e baixa da libido, e pode ser associado ao estrogênio no tratamento da osteopenia.
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– Estrogênios: hormônio feminino produzido a partir da adolescência até a menopausa. É fabricado pelos ovários e liberado na primeira fase do ciclo menstrual. Dentre outras funções, é responsável pelas características física feminina devido ao estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo. Responde também pelo equilíbrio entre as gorduras no sangue. A diminuição de estrógenos pode causar depressão, medo, apreensão, irritabilidade e insegura. É importante para o revestimento interno do útero, endométrio e no ciclo menstrual.
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– Testosterona: hormônio masculino, onde no homem é produzido pelos testículos e na mulher, em menor quantidade, pelos ovários e glândulas supra-renais. Atua no crescimento dos ossos e influencia o desenvolvimento de praticamente todos os órgãos. É o principal hormônio ligado ao ganho de massa muscular e a diminuição da gordura corporal. De forma contrária, a deficiência desse hormônio está associado à perda de massa muscular, perda de força, acúmulo de gordura corporal, sintomas de cansaço, indisposição e perda do desejo.
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A colocação dos implantes é um procedimento ambulatorial feito por um profissional médico capacitado para este fim. É inserido cirurgicamente no antebraço ou na região glútea, com anestesia local.
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De modo semelhante a outros métodos contraceptivos que utilizam progestagênio isolado, o efeito adverso com maior incidência é a desestruturação do ciclo menstrual habitual, podendo ocorrer irregularidade, períodos de ausência ou, ocasionalmente, sangramento uterino aumentado. É mais frequente no primeiro ano de uso, com diminuição nos subseqüentes.
Outras Indicações
Os Implantes Subdérmicos de progestógenos e gestrinona, também são utilizados como opção terapêutica no tratamento de algumas doenças ou distúrbios:
  • Dismenorréia
  • Endometriose
  • Hemorragia Uterina Disfuncional
  • Tensão Pré-Menstrual (TPM)
Contra-indicação
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  • Câncer de Mama
  • Cefaléia – Enxaqueca com aura, em qualquer idade
  • Cirrose Intensa
  • Doença Cardíaca Isquêmica – Atual e Pregressa
  • Embolia Pulmonar Aguda (EP)
  • Lactação – menos de 6 semanas após o parto
  • Lupos Eritematose Sistêmico (LES) – Anticorpos antifofolides positivos ou desconhecidos
  • Sangramento Vaginal Inexplicável – Antes da avaliação
  • Trombose Venosa Profunda Aguda (TVP)
  • Tumores Hepáticos – Adenoma hepatocelular ou hepatoma
Interação medicamentosa
  • Anticonvulsivantes
  • Antiretrovirais
  • Rifampicina
.
Os implantes não previnem contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), inclusive HIV/AIDS. Se houver risco, devem ser associados ao preservativo.



fonte:http://renatazito.site.med.br/index.asp?PageName=Implantes-20Subd-E9rmicos-20Reposi-E7-E3o-20Hormonal

Massagem da Fertilidade

A massagem da fertilidade é a maneira não cirúrgica e não invasiva para quem quer engravidar mas está enfrentando problemas mesmo aqueles chamados de “infertilidade sem causa aparente”.

Esta técnica promove o bem estar no seu corpo e relaxamento, com a vantagem de que é uma terapia contra cicatrizes e adesões pélvicas, obstruções nas trompas de falópio e ativa a função dos órgãos reprodutivos.
Essa terapia da fertilidade também é recomendada para tratar Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), endometriose, miomas uterinos, cistos nos ovários e várias outras condições médicas causadoras de infertilidade nas mulheres.
Neste vídeo você pode ver as instruções de como realizar a massagem criada pela terapeuta holística Hethir Rodriguez. Está em inglês, mas é fácil de aprender.
OBS1: O sentido horário da massagem é importante
OBS2: A massagem no dedo do pé ativa o funcionamento da glândula pituitária em seu cérebro que é responsável pela liberação de hormônios
OBS3: No final ela coloca uma toalha e um pedaço de plástico para manter a região aquecida.
OBS4: Aproveite e pesquise sobre Drenagem Linfática e aproveite a massagem para reduzir a barriga!
Esta massagem você deve fazer todos os dias desde o fim da menstruação até o seu dia fértil, ou seja, o dia em que você espera ovular. Os resultados começam a aparecer efetivamente após 3 meses.
Se você quer engravidar mas se deparou com problemas de infertilidade, seu médico recomendou ou irá recomendar injeções ou ingestão de hormônios, fertilização in-vitro, etc. Mesmo que estes procedimentos funcionem, eles são caros, levam tempo, causam stress, são invasivos e disparam uma descarga de hormônios em seu corpo que não é nem um pouco saudável e natural.
Além disso, todos estes tratamentos são utilizados para tratar os sintomas da infertilidade sem primeiro descobrir as causas do problema uterino, tubário, etc.
Estudos mostram que na maioria dos casos, a dificuldade de engravidar por parte da mulher provém de cicatrizes, adesões e obstruções nas trompas, acúmulo de toxinas, e claro, stress e ansiedade. A massagem da fertilidade é indicada para todos estes casos, além de ser o socorro das mulheres que têm receio de passar por cirurgias, não querem se intoxicar com hormônios, ou não têm como pagar por tratamentos.
Na maioria dos casos a massagem consegue resolver as obstruções das trompas sem precisar de intervenção médica. Estas obstruções são causadas por infecções pélvicas, cirurgias ou traumas locais.

Alívio do stress

O stress afeta a data da ovulação, a produção de muco cervical e a implantação do embrião nas mulheres e altera a qualidade e quantidade de produção de espermatozóides nos homens.
A massagem ajuda a liberar o stress feminino, que afeta o sistema hormonal a ponto de impedir a implantação e fertilização de um óvulo, mesmo que a mulher seja originalmente fértil e o espermatozóide do homem seja muito bom.
Isso porque ela aumenta o fluxo de sangue nos órgãos reprodutivos, aumenta o bem estar, fortalece o sistema imunológico, estimula o equilíbrio da produção de hormônios, melhora a saúde do sistema linfático, fazendo que você tenha mais chances de conceber um bebê.

Massagem para descansar

Descansar é uma necessidade biológica durante toda a vida. A massagem da fertilidade ajuda a você tirar um momento de descanso e relaxamento, porque as funções do corpo só trabalham adequadamente quando você está num estado relaxado. Quando você passa algum tempo numa sessão de massagem da fertilidade num ambiente calmo e aconchegante, seu corpo se recupera, cura e regenera.

Desintoxicação

A massagem auxilia na liberação das toxinas através do estímulo do sistema linfático. Este sistema drena os fluídos do seu corpo e desintoxica filtrando as toxinas e substâncias estranhas, fortalecendo o sistema imunológico.
Um sistema linfático lento significa que o processo de eliminação de resíduos do seu corpo é comprometido, e o corpo sofre acúmulo de linfa. Quando isso acontece, as toxinas se acumulam atrapalhando a atividade celular, o que atrapalha sua fertilidade.

Quando usar a massagem

Essa massagem é benéfica tanto para homens quanto para mulheres que querem conceber naturalmente ou estão se preparando para um processo de fertilização in vitro ou inseminação artificial.
A massagem prepara o corpo para criar um estado de bem estar, o que pode ser decisivo num processo de reprodução assistida. Além do mais, essas pessoas recebem bastante medicação, e a massagem ajuda a liberar as toxinas acumuladas.

Benefícios

  • Regula o ciclo menstrual e o balanço hormonal
  • Melhora as funções do ovário, qualidade dos óvulos e da ovulação
  • Melhora a quantidade e qualidade do muco cervical
  • Melhora a qualidade do fluxo menstrual diminuindo os coágulos de sangue
  • Diminui a dor causada pela endometriose e as cólicas
  • Desobstrui as trompas de falópio
  • Ajuda a reposicionar um útero aderido
  • Trata casos de SOP (ovários policísticos)
  • Ajuda o corpo a eliminar cistos
  • Em alguns casos ajuda a diminuir miomas
  • Auxilia casais com problema de infertilidade sem causa aparente
  • Libera energias ruins de traumas emocionais
  • Remove o acúmulo de sangue no útero
  • Fortifica os órgãos reprodutivos
  • Ajuda a desintoxicar

O que esperar depois de uma sessão de massagem da fertilidade

Beba muita água potável depois de cada sessão para ajudar seu corpo a liberar as toxinas que estavam presas em seus músculos e órgãos. Você também pode notar que seu ciclo seguinte veio com mais sangue do que o normal, melhora no funcionamento do intestino e também um pouco de dor. Tudo isso é normal e é sinal de que a massagem está funcionando.

fonte:http://gravidez.mamaeonline.com/resolva-causas-de-infertilidade-feminina-massagem-da-fertilidade/

Hipotireoidismo


é um distúrbio que cursa com a falta de hormônio da tireóide (“tireóide preguiçosa”). O hipotireoidismo é a doença mais comum da tireóide. Ocorre mais freqüentemente em mulheres que em homens, é mais comum em pessoas de mais idade, e pode ter uma característica familial (atingir vários membros de uma mesma família).

Quais são os sintomas do hipotireoidismo?

O hipotireoidismo pode ter vários sintomas, visto que os hormônios da tireóide são importantes para regular o funcionamento de praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo. Quando os níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) se tornam anormalmente baixos por algum motivo, todos os processos do corpo se tornam mais lentos. Por isso, os sintomas do hipotireoidismo incluem:

1. cansaço excessivo;
2. desânimo, ou até mesmo depressão;
3. raciocínio lento;
4. fala arrastada;
5. sensação de frio excessivo;
6. ganho de peso (geralmente, em torno de 3 a 5 Kg);
7. pele seca e cabelos finos e quebradiços;
8. inchaço nas pernas ou ao redor dos olhos;
9. pouca sudorese;
10. intestino preso e digestão lenta;
11. irregularidade das menstruações (às vezes, sangramento excessivo);
12. infertilidade;
13. batimento lento do coração (menos que 60 batimentos por minuto);
14. aumento do colesterol.

Esses sintomas não são exclusivos do hipotireoidismo. Ou seja, vários outros problemas de saúde podem causar sintomas bastante semelhantes aos do hipotireoidismo. Por isso, algumas vezes os sintomas são atribuídos a outras doenças que podem apresentar algumas manifestações semelhantes, tais como: anemia, depressão e deficiência de vitaminas, e o diagnóstico de hipotireoidismo pode ser feito anos após o início das queixas do paciente. Felizmente, hoje em dia os médicos conhecem melhor as características do hipotireoidismo e fazem o diagnóstico mais precocemente.

Quais são as causas do hipotireoidismo?

Nos adultos, a causa mais comum de hipotireoidismo é um distúrbio chamado tireoidite de Hashimoto, ou simplesmente doença de Hashimoto. Nessa doença, o sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) ataca a glândula tireóide e causa dano a essa glândula, comprometendo a sua capacidade de produzir hormônios tireoidianos. Por isso, a doença de Hashimoto faz parte de um grupo de doenças chamadas auto-imunes.
O hipotireoidismo pode ser causado também por tratamentos médicos que reduzem a capacidade da tireóide produzir hormônio, como, por exemplo: o uso de iodo radioativo (para tratamento de hipertireoidismo, que é o oposto do hipotireoidismo) ou a cirurgia, com retirada parcial ou total da tireóide (para tratamento de outros problemas nessa glândula). Leia mais sobre hipertireoidismo clicando aqui.
Outra causa de hipotireoidismo, bastante rara, é a presença de alguma doença da hipófise, levando à redução da produção do TSH, o hormônio que estimula o funcionamento da tireóide. Algumas medicações também podem levar à redução da produção ou da ação dos hormônios tireoidianos e, portanto, provocar hipotireoidismo (por exemplo: amiodarona, xaropes para tosse contendo iodo, carbonato de lítio).
Há casos, ainda, em que a tireóide não se desenvolve adequadamente e a criança apresenta deficiência de hormônios tireoidianos desde o nascimento; é o chamado hipotireoidismo congênito, que geralmente é diagnosticado já no berçário através do teste do pezinho.

Quais as conseqüências do hipotireoidismo?

Em adultos, o hipotireoidismo (se não for tratado corretamente) leva a uma significativa redução da sua performance física e mental, além de poder causar elevação dos níveis de colesterol, que aumentam as chances de algum problema cardíaco. Além disso, o hipotireoidismo severo, sem tratamento, pode evoluir ao longo do tempo até uma situação dramática e com grande risco de vida, o chamado coma mixedematoso, que se apresenta como redução da temperatura corporal, perda de consciência e mau funcionamento do coração.
O diagnóstico de hipotireoidismo é especialmente importante quando é feito durante a gestação, pois a falta de hormônios tireoidianos pode afetar profundamente o desenvolvimento do bebê, provocando retardo mental e atraso do crescimento. No entanto, esses problemas para o bebê são prevenidos pelo tratamento precoce da mãe com a reposição de hormônio tireoidiano.



fonte:http://www.portalendocrino.com.br/tireoide_hipotireoidismo.shtml

Nidação Passo a Passo

NIDAÇÃO – Dias após a fusão, o ovo, com as células ainda em multiplicação, faz sua descida ao útero e começa a procurar um lugar para se fixar. A esta altura, um hormônio ovariano, a progesterona, já terá preparado o endométrio para alimentar o ovo, mediante suprimento adicional de glicogênio e outras substâncias nutritivas. Sem isso, dificilmente o embrião “vinga”. Acontece às vezes de o óvulo fecundado acomodar-se na mucosa da trompa, e não na do útero. Ou mesmo, em casos raríssimos, em alças intestinais e outras mucosas. São casos patológicos (gravidez ectópica), em geral muito graves, por ameaçarem a vida da mãe. Normalmente, dentro do útero, o ovo se transforma numa bolha sólida cheia de líquido. Por dentro desse globo, num dos pólos, aglomera-se um tipo especial de células, numa protuberância interna semelhante ao umbigo de uma laranja-bahia (do tamanho de uma cabeça de fósforo, porém). O ovo agora se chama blastocisto (blasto = que vai gerar algo; cisto = cavidade). Mais tarde, a parede do blastocisto, chamada trofoblasto, irá dar origem à placenta. A massa polar de células dará origem ao embrião. Quando o blastocisto finalmente faz contato com o endométrio, as células do trofoblasto atacam vigorosamente as células endometriais e as vão destruindo. Os elementos constituintes das células do endométrio servem para alimentar o blastocisto nesse estágio, que ataca tudo vorazmente, inclusive microscópicos vasos capilares da região. E o sangue da mãe começa a alimentar o filho. O blastocisto prossegue perfurando o endométrio, cava nele um verdadeiro ninho (de onde o nome “nidação” para o processo). O rompimento dos vasos forma lagunas de sangue que alimentam o blastocisto. O endométrio começa a transformar-se, num processo que se irradia circularmente do ponto em que o trofoblasto ataca, em geral a região mais alta do útero, mas nem sempre.


Em torno do sétimo ao décimo dia após a fusão o blastocisto fixa-se ao endométrio (momento culminante da nidação) e, finalmente, entra em contato com a mãe. Após a fixação do blastocisto, começa a se formar o embrião, que toma esse nome três semanas depois da fusão. O endométrio recobre o blastocisto e forma em torno dele uma cápsula de tecido modificado. A modificação do endométrio chama-se reação decidual, porque o tecido endometrial se transforma em decídua (“que desce”, ou cai), a ser expulsa no parto. A cápsula vai crescendo, dentro do útero, com o embrião dentro dela. É importante notar, portanto, que o embrião não se desenvolve dentro da cavidade normal do útero, mas dentro de uma cápsula hermética que, ao crescer, acaba por ocupar toda a cavidade uterina e dilatá-la. A razão disso é a necessidade de proteger o embrião ou feto contra qualquer contato direto com o exterior. Isso não aconteceria se o processo decorresse dentro da cavidade normal, que se comunica com a vagina através do canal do colo do útero.

O endométrio transforma-se em três tipos de decídua: (clique aqui e veja fotos) a parietal que é a que continua a revestir internamente o útero nas partes ainda não atingidas pela cápsula onde se aloja o embrião; a decídua capsular, que envolve a cápsula; e a decídua basal (de base), que fica por baixo dela. O trofoblasto primitivo regride na decídua capsular e forma uma camada lisa por baixo dela, o cório careca. Junto à decídua basal, o trofoblasto se transforma em cório frondoso, de onde se originará a parte fetal da placenta. A decídua basal, par baixo do cório frondoso, dará origem à parte materna da placenta.

O âmnio é uma cavidade que existe primitivamente junto ao dorso do embrião, por baixo do trofoblasto. Ao crescer, acaba por envolver totalmente o embrião e, quando adere ao cório careca, que o reveste, forma a parede do saco córioamniótico, conhecido popularmente como bolsa d’água, que em geral se rompe na iminência do parto. A cápsula recoberta pela decídua parietal vai crescendo e ocupando uma porção cada vez maior da cavidade uterina, mas levará muitas semanas até ocupá-la totalmente.

Um aspecto importante de todo o processo de nidação é que o embrião está a salvo de contrações uterinas que poderiam resultar do ataque ao endométrio. O que o protege contra os movimentos, que poderiam expulsá-lo, é a ação da progesterona, secretada pelo corpo lúteo, a principio, e pela placenta depois. A progesterona inibe a contração das fibras musculares uterinas e contribui assim para maior segurança da gravidez.

Clique aqui

Clique e veja uma animação que mostra o processo desde a liberação do óvulo até a sua fixação no útero.